JOVENS DE FUTURO


Essa seção do blog é dedicada aos jovens talentos de Brasília!
Jovens que estão correndo atrás de seus sonhos e se esforçando para alcançá-los.
Creio ser de suma importância mostrar ao público da cidade e principalmente para os envolvidos com o basquete no Brasil e no exterior, quem são as promessas do basquete brasiliense.
Muitos jogadores têm sido revelados na cidade ao longo dos anos: Pipoka, Oscar, Arthur, Rossi, Brasília, Lula, Thiaguinho...apenas para citar alguns nomes.
E muitos jogadores estão surgindo e continuarão a surgir.  Alguns inclusive já sairam de Brasília, seja para outro estado, seja para outro país.
Através do blog conheceremos um pouco mais da história de cada um e aonde estão jogando!


 GÊMEOS DE BRASÍLIA!






Por ocasião de minha viagem a São Sebastião do Paraíso para o curso de Nível 3 da ENTB, reencontrei esses 2 irmãos, brasilienses: Matheus e Lucas que coincidentemente estavam jogando pelo time da cidade. Aproveitei a oportunidade para conversar com os mesmos a respeito da experiência ali e posteriormente fiz uma entrevista com o Matheus (a esquerda na foto):


1) Como vocês começaram no basquete?
Matheus: Aos 13 anos de idade estudávamos ainda em Valparaíso de Goias onde residíamos. Começamos  a praticar o esporte na escola e através de contatos com amigos de meu pai nos inscrevemos na escolinha de esportes da lance livre esportes.
2) Onde vocês jogavam em Brasília?

Matheus: Na Lance livre esportes e tivemos participações em seleções brasilienses.
3) Como foi a viagem para Europa pela Lance Livre? Alimentação, estadia, jogos?
Matheus: Foi ótima nos dois quesitos importantes: basquete e passeio/turismo. Participamos lá do Mundial Cholet de basquete, o qual acontece há 31 anos, como a primeira equipe brasileira a participar do campeonato. Durante o campeonato ficamos hospedados em chalés  onde se encontravam todas as equipes do campeonato, cada chalé acolhia 5 pessoas. A alimentação era baseada na comida típica dos franceses, não nos faltou nada. Após o campeonato fomos a Paris onde ficamos em um hotel de ótima qualidade e a alimentação ficou por conta da lance livre, que por sua vez fez um trabalho perfeito!
4) Como foi a adaptação a cidade de São Sebastião?
Matheus: Bem complicada, pois por um lado estamos em um local onde não conhecemos ninguém, mas por outro é uma otima cidade pra se dedicar ao esporte por ser pequena e ter pouca distração que te faça perder o foco.
5) Do que vocês mais sentem falta aqui de Brasília?
Matheus: Sinto falta da minha familia e amigos e em relação ao basquete de ter mais treinos específicos para fundamentos.
6) Planos pro futuro?
Matheus: Continuar jogando! Buscando sempre um lugar em que me ofereçam um curso superior.
7) Vocês pensam em tentar a sorte fora do Brasil?
Matheus: Sim , sempre pensamos nisso. Mas é algo a ser trabalhado e pensado muito bem pois a condição financeira pra mandar duas pessoas para os Estados Unidos é muito elevada. Mas se surgisse tal oportunidade, sim.
8) Quem é o grande ídolo de vocês no basquete?
Matheus: Nós como jogadores em formação nos espelhamos em diversos outros jogadores mas principalmente, pela forma de atacar: Dwane Wede e Lebron James (jogadores da liga americana de basquete). Já pela defesa: Alex Garcia ( jogador da liga brasileira de basquete).
9) Como é atuar com o seu próprio irmão?
Matheus: Temos a vantagem de um conhecer bem um ao outro, tive vários parceiros de equipe, porém ele é meu parceiro a todo instante então conheço bem os seus pontos fortes e fracos.
10) Onde você gostaria de estar nos próximo 5 anos? E o que está fazendo para isso?
Matheus:  Gostaria de estar em um time de ponta brasileiro ou na liga universitária americana. Busco sempre me dedicar ao máximo aos treinos visando nos mesmos focar principalmente meu pontos fracos. Assim poderei surpreender sempre aqueles que acreditam conhecer meu jogo.


MEU NOME É THIAGO RANDAZZO...












Meu nome e Thiago Randazzo, e honestamente eu não sei nem como começar direito, mas a minha historia com o basquete começou provavelmente como a história de muitos outros basqueteiros.
Desde pequeno eu tenho praticado diversos esportes como natação, judô, karatê, tênis… todos os tipos de esporte que alguém pode imaginar, até capoeira eu tentei lutar. Meu pai sempre me incentivou e ainda incentiva na pratica de esportes em geral, mas quando eu era mais novo, o esporte que meu pai realmente queria que eu escolhesse era o futebol, haja vista que nasci no Brasil. O problema era que eu não tinha muita habilidade com os pés e com o passar do tempo eu acabei cansando de jogar futebol (e ao mesmo tempo meu pai viu que eu não tinha jeito pra coisa) e um dia enquanto eu caminhava pelo clube onde eu fazia atividades, que naquela época era o Pin, o treinador de basquete me chamou e disse que eu deveria tentar jogar basquete já que era bem alto (mas ao mesmo tempo bem redondo... He, he). Eu me animei com a idéia, e depois de um tempo eu me vi indo pra a aula de basquete todo dia.

Uma coisa que tenho que reforçar, é que desde pequeno eu só podia realizar todas essas atividades esportivas se eu tivesse boas notas, e minha mãe era a pessoa que cuidava e fazia questão de acompanhar os meus estudos. Sem boas notas eu não podia treinar, nem jogar. Basicamente minha mãe cuidava dos estudos e meu pai das minhas atividades e esportes.

Eu devia ter uns 7 anos quando comecei a brincar e um ano, ou talvez dois anos mais tarde meu professor me disse que tarde que eu deveria tentar jogar no time principal do Pin, foi aí que eu entrei no meu primeiro time e também tive meu primeiro técnico, o Marcão. Pra quem não conhece o Marcão, o nome dele e Marcos Aurélio Carvalho.

Olha, eu devia ter uns 9 ou 10 anos quando eu conheci o Marcão, o que eu corri nos treinos dele era uma coisa sem noção, todos os dias de treino eram mortais. Eu me lembro até hoje de todos os suicídios, os exercícios de marcação, alguns treinos a gente quase não tocava na bola. Aquele “maluco” fazia a gente correr que nem doido, mas é por causa desse “maluco” fazendo a gente correr e gritando no meu ouvido que eu peguei gosto pelo esporte. Sem contar que eu tava perdendo um pesinho também. Marcão, devo muitos agradecimentos a você, que ficava no meu pé a cada erro que eu cometia, gritando no meu ouvido, mas era só porque você queria que eu melhorasse. Abração Marcão!

Depois de um tempo jogando pelo Pin eu fui convidado a jogar pelo Lance Livre, time do “Boca” , o Ricardo, sendo que naquela época a minha categoria era coordenada pelo Marcão. Cheguei a treinar com vários outros técnicos: O Ronaldo, o Galego, o Mika, o Major. Todas essas figuras eu conheço e aproveito para mandar um abraço.Foi na Lance Livre que realmente a minha vida com o basquete ficou séria, vários torneios, campeonatos, viagens, tudo isso foi uma parte muito boa e divertida de jogar na Lance Livre. Todos os amigos que eu fiz as pessoas que eu conheci, muita coisa aconteceu nos anos em que joguei pela lá, bons 4 anos. Um detalhe muito importante que não quero deixar passar era a grande rivalidade entre Lance Livre e Vizinhança, essa rivalidade que fazia a gente treinar mais e mais pra ver quem era o melhor time. Todos os jogos entre vizinhança e lance livre eram os jogos mais competitivos e pelo que me lembro a gente quase sempre ganhava (foi mal, mas não podia deixar escapar esse detalhe).

Nesses 4 anos eu também joguei vários torneios brasileiros entre estados, lembro das peneiras sempre muito disputadas, para escolha dos 12 jogadores que representariam Brasília. Participei 3 vezes pela seleção de Brasília e  ficamos duas vezes em quarto, e uma em terceiro. Bons tempos.

Algum tempo mais tarde, eu me mudei pra São Paulo, onde fui jogar pelo Esporte Clube Pinheiros, há uns 3 anos atrás. Ainda me lembro muito bem do jogo contra o Paulistano em que nós ganhamos o campeonato estadual de São Paulo.

Nos últimos 2 anos eu tenho jogado nos Estados Unidos. Durante um ano e meio eu fui estudar e jogar no estado de Nova York em uma escolar chamada John F. Kennedy Catholic High School. Lugar, onde eu aprendi muita coisa e tive também um ótimo tempo jogando, chegamos até a semi-final do campeonato estadual.Hoje em dia eu estou em uma academia chamada Impact, localizada em Las Vegas, onde vivo em apartamentos com outros garotos, que querem aperfeiçoar as suas habilidades, mirando uma bolsa de estudos eu uma boa Universidade aqui nos Estados Unidos.

Olha eu ainda não tenho uma longa história sobre a minha relação com o basquete, muito menos uma longa história de vida. Mas posso garantir que por causa da minha iniciação no basquete em Brasília, hoje tenho vários amigos, conheço e conheci muitas pessoas. Visitei outros países, joguei em diversos times. Tive momentos de vitória e de derrota, morei por conta própria e por ai vai… Acabei de fazer 18, e tem muita coisa que não fiz, mas devo dizer que por causa do basquete já fiz muitas coisas que muita gente ainda não fez e por isso sou grato.

Agora eu gostaria de fazer uma observação. E dizer que grande parte disso tudo eu não poderia ter feito sem a ajuda do meu pai, Sabatino . Meu “véio” que sempre me apoiou, gastou dinheiro comigo e com o basquete. Devo muito ao meu “véio”, e quero que ele saiba que isso eu nunca vou esquecer!



FELIZ POR ESTAR NO FLAMENGO!

Apesar de não ser Brasiliense, o jovem Feliciano passou os últimos anos em Brasília tendo a oportunidade de aprimorar a modalidade que tanto ama! Como ele mesmo faz questão de ressaltar, nesses últimos anos teve a oportunidade de ser lapidado pelo excelente Técnico Ronaldo Pacheco. Por seu carisma e por ser muito alto é difícil para o Feliz passar despercebido, muito pelo contrário se tornou bem conhecido no basquete da cidade, conseguindo se destacar.






1) Como está a adaptação ao Rio e ao Flamengo?
Desde criança me adapto fácil aos lugares onde morei. No Rio isso foi bem simples: primeiro porque o clima já me ajuda muito; a cidade é linda; as paisagens e as praias das quais tanto gosto fazem com que qualquer pessoa goste daqui. O Flamengo é meu time do coração, desde que nasci já botavam roupas do clube em mim, fica muito fácil gostar de um time pelo qual você já gostava anteriormente. Agora sou flamengo no futebol e também no basquete.


2) Quais são as expectativas para a Liga de Desenvolvimento de basquete?
São as melhores possíveis! O time é muito bem entrosado e como eles dizem aqui eu vim pra somar ainda mais nesse time. Estou bem treinado e espero ajudar a equipe de todas as formas possíveis.

3) Como foi a experiência no CEUB? Como foi começar na principal equipe de basquete do Brasil?
Foi excelente ir para o CEUB com o objetivo de jogarmos o tão sonhado campeonato nacional de base. Formamos um time vindo com a base da  lance livre comandados pelo Ronaldo Pacheco nosso treinador desde lá. Em meio aos treinos da base fui convidado para compor a equipe adulta e foi excelente treinar com jogadores de alto nível e vivenciar o mundo deles de perto. Fiz muitos amigos e ganhei muito aprendizado. Depois de fazer parte de uma equipe tão forte assim fica fácil se adaptar a outras equipes tão grandes quanto.

4) Já foi convocado para a seleção? Em quatro anos teremos Olimpíadas no Rio, você se imagina lá?
Nunca tive o prazer de ser convocado para a seleção, com certeza é um sonho pra qualquer atleta representar seu país nas olimpíadas. Eu tenho esse sonho e se continuar treinado forte e me dedicando aos treinamentos vou estar lá com certeza.

5) Onde você começou no basquete?
Comecei a treinar basquete no Trem desportivo clube do Amapá, aos 10 anos e meio, no ano seguinte fui pro São José – AP e só sai a primeira vez do estado aos 15 anos.

6) Planos pro futuro? O que está fazendo para alcançá-los?
Espero que em um futuro bem próximo eu esteja jogando nas maiores equipes pelo mundo e esteja sendo convocado para a seleção brasileira. Tenho procurado ouvir todo mundo e de fato estão todos querendo me ajudar. Procuro treinar sempre intenso e não economizar nunca, pois sei que isso vai fazer com que eu melhore ainda mais.

7) O que te levou a mudar de equipe nessa temporada?
Acho que já tava na hora. O ciclo em Brasília foi sensacional, ganhei muito, quando perdi e quando venci, os momentos que passei todos foram bons, pois os que não me fizeram bem me acrescentaram aprendizados, tive pessoas que me guiaram para melhorar o tempo todo.

8) Quem é o seu grande ídolo no basquete?
 Dirk Nowitzki! Adoro o jeito que ele joga, a dedicação e o comprometimento com a equipe e ainda mais pelo fato dele jogar como pivô, tento me espelhar no que ele faz.

9) Você tem planos de jogar fora do Brasil?
Com certeza, penso que se for para eu crescer ainda mais será ótimo. O basquete cresce rápido hoje. A china tem se tornado uma grande referência, assim como a Europa e tantos outros países. Seria muito bom jogar fora do país daqui alguns anos.

10) Como foi para você encarar o falecimento de um colega de time de uma forma tão trágica?
É inexplicável entender a forma como aconteceu. Com certeza ainda vão demorar alguns anos pra que eu aceite isso de fato, um amigo como o David que não estava fazendo nada de errado apenas se dedicando ao treino, jogando basquete fazendo o que ele mais ama é difícil de entender.

11) Qual foi a importância do técnico Ronaldo na sua vida e no basquete ?
O Ronaldo foi importante em todos os momentos pra mim. Muitas vezes não foi apenas meu técnico, mas também meu amigo ajudando nas minhas tomadas de decisões e no meu amadurecimento dentro e fora de quadra. Sempre soube administrar bem os meus erros e me ensinou a procurar não cometer os mesmos erros. Espelho-me muito nele é uma pessoa a quem eu sempre vou ouvir e admirar, um exemplo. Sinto por não poder continuar trabalhando com ele, mas sei que é necessário e acho que agente volta a trabalhar juntos no futuro.




DE PAI PARA FILHO!

Talvez por conta da enorme pressão de seguir a carreira de sucesso de seus genitores, poucos são os filhos que escolhem seguir os passos dos pais. Principalmente no ramo esportivo onde as pessoas estão sujeitas a tanta exposição e comparação. São vários os exemplos de filhos que começaram a seguir os passos dos pais e acabaram desistindo, ou não conseguindo o mesmo sucesso: Jordan, Oscar, Patrick Ewing, Gerald Wilkens, Mike Dunleavy, Bill Walton entre outros.


João em algum momento da sua vida resolveu seguir os passos do pai, o lendário Pipoka, que definitivamente faria parte do Salão da Fama do Basquete Brasileiro se tivéssemos um. De um jogador que estava acostumado a vestir a camisa da Seleção Brasileira de basquete.

Surge então a pergunta? Seria mais fácil para ele investir numa carreira assim, tendo visto de perto a carreira do pai e tendo a oportunidade de ouvir seus conselhos? Creio que não, exatamente por conta das comparações e cobranças exteriores e interiores. Mas o que me faz crer que ele pode chegar lá é o fato de eu mesmo, ter tido a possibilidade de ter acompanhado um pouco do seu cotidiano assistindo alguns treinos na quadra e na academia. O que pude ver no João foi a disciplina, motivação e atitude dispensadas nos treinos com bola e na musculação creio que esse tipo de postura o qualifica a poder tentar e possivelmente ser bem sucedido nessa empreitada! " Treino é jogo, e jogo é guerra!" Espero que guardada as devidas proporções a experiência do João seja como a do Kobe, cujo pai também foi um jogador. Boa sorte!















1) Como você começou no basquete? Eu comecei a jogar basquete aos 10 anos de idade, freqüentei a escolinha de basquete do Flamengo enquanto meu pai jogava lá.

2) Como foi pra você como filho, crescer ao lado de uma das maiores lendas do basquete brasileiro? Foi bastante interessante, poder vivenciar muitas coisas do universo de um jogador, acompanhando o que meu pai fazia e falava.

3) Como foi a experiência nos EUA? Onde jogou? Minha experiência nos EUA foi muito boa. Tive momentos difíceis por lá, mas aprendi muito com todas elas, com as experiências boas e ruins. Joguei no Western Wyoming Community College, junior college no estado do Wyoming, me formei como tecnólogo em Ciencia da Computacao. Tive a oportunidade de conciliar os estudos com o basquete, coisa que sempre aprendi, com meus pais e que é o mais importante para um atleta.

4) Já foi convocado para a seleção brasileira? Não, nunca fui convocado pra seleção nacional, tive sim a oportunidade de defender a seleção do Distrito Federal.

5) Como foi o regresso para Brasília? E a participação na equipe do CEUB? Foi bastante tranqüilo meu regresso a Brasília, joguei a LDB com o time sub-22 do Uniceub/BRB, comandado pelo Professor Ronaldo Pacheco. E o José Carlos Vidal, técnico do adulto do Uniceub/BRB, me deu a oportunidade de treinar com o time profissional.

6) Quai os planos para o futuro? Pretendo viver do esporte que amo, usando o basquete como ferramenta pra conseguir estudar e ganhar experiências de vida. E lógico, com muito treino, dedicação e um pouco de sorte, quem sabe, um dia chegar à seleção brasileira também há ha.

7) O que te levou a mudar de equipe nessa temporada? Sempre me foi dito, por jogadores mais experientes, que jovens jogadores têm que bater cabeça jogando. Como eu concordo com eles, quando me apareceu à oportunidade eu aproveitei.

8) Quem é o seu grande ídolo no basquete? Acho que essa é a pergunta mais fácil, sempre foi e sempre será o meu pai. Estive minha vida toda nos treinos e jogos dele, ouvia a torcida gritar o nome dele e isso me enchia de orgulho. Não só isso estava presente em todos os momentos, vivenciei seu esforço, sua dedicação, aprendi com ele a amar esse esporte.

9) O que você acha que é preciso melhorar no basquete brasileiro? Acho que já esta começando a ser feito, precisamos de mais competições nas categorias de base.

10) Onde você gostaria de estar nos próximo 5 anos? E o que está fazendo para isso? Eu gostaria de estar jogando basquete, gostaria de estar na seleção brasileira. Acho que não tem mistério, se quero estar entre os melhores algum dia, preciso treinar mais que todo mundo.






EM BUSCA DE UM SONHO!







 





                                      


Fiquei realmente feliz e impressionado com essa matéria!
Primeiro por ser a primeira vez que vocês leitores terão o privilégio de conhecer algo sobre uma Brasiliense, que pode vir a ser uma grande jogadora! Segundo porque se posicionar com tamanha convicção por um objetivo como esse, não é nada fácil. Tão nova sair de casa, morar com outras pessoas, longe dos amigos, simplismente em busca de um sonho é algo fora de série!
É fato que várias pessoas passam por isso, mas a maioria não tem a mínima idéia do que seja isso! Para a maioria hoje é muito difícil sonhar, principalmente com algo que valha a pena e mais difícil ainda é ter atitude e coragem para correr atrás do sonho!
Parabéns Caroline!


1) Caroline quantos anos você tem? Como foi pra sair tão nova de casa para jogar basquete?


R: Tenho 15 anos, completei em setembro. No início tive bastante dificuldade em deixar minha família e meus amigos, mas nunca tive dúvidas de que era melhor para minha carreira no basquete ir jogar em São Paulo.



2) Onde você está jogando? Como surgiu a oportunidade de sair de Brasília?

R: Estou jogando no Divino COC Jundiaí. Recebi o convite em 2011, durante o campeonato brasileiro sub 15 da 2ª divisão que ocorreu em agosto na cidade de Campo Grande-MS. Meu técnico na época Joaquim Duarte (Major) foi sondado por equipes de São Paulo sobre uma possível ida minha para lá. O Major então conversou com meus pais e durante o campeonato sub 17 da 1ª divisão realizado em Porto Alegre, os técnicos paulistas puderam conversar pessoalmente com meus pais que estavam lá.



3) Onde você jogava aqui em Brasília? Quem mais te apoiou na sua saída?

R: Eu jogava no Marista, mas também treinava nos fins de semana no Clube do Exército e durante a noite no Clube Vizinhança. Dentre os vários técnicos que me apoiaram, houve uma influência maior por parte do Joaquins (Major) e da Marisa do clube do Exército, que é de Jundiaí e inclusive havia jogado por esse time. O Marcão técnico do COC, que já tinha experiência como jogador profissional, também disse que era a melhor escolha, mas a escolha foi feita baseada principalmente na opinião do meu pai que me acompanha nos jogos desde pequena!



4) Pelo fato de ter feito um bom Brasileiro e estar jogando em São Paulo, como você suas possibilidades de ser convocada para seleção sub 15?

R: O sonho se tornou realidade e fui convocada para a seleção brasileira sub 15. Posso afirmar que foi uma das melhores experiências da minha vida, treinei com as melhores da minha categoria e quero ter outras oportunidades, sei que não é fácil seguir essa carreira e que vou precisar muita disciplina, mas com fé e muito trabalho chegarei lá!



5) Quem é sua referência no basquetebol, a pessoa que te inspirou a ingressar e permanecer nesse esporte?

R: Meus pais sempre falaram da Paula, Hortência e Oscar, os quais não tive o prazer de ver jogar. Particularmente gosto muito do Kobe Bryant e de algumas jogadoras da WNBA, como a Augustus. Mas comecei a jogar por causa da minha irmã mais velha, que além de se destacar na sua equipe, sempre viajava para jogar brasileiros pela seleção de Brasília. Ela me incentivou a também ingressar no basquete!



6) O que mudou no seu basquete depois de ir para São Paulo?

R: Com certeza o ritmo de São Paulo é muito forte. Há treinos diários e o campeonato sub 15 tem 16 equipes que jogam turno e returno. Fora isso ainda tem os jogos do sub 17 que também participo. Minha marcação ficou melhor, pois o basquete jogado aqui requer mais contato e melhor marcação. O preparo físico em geral melhorou muito.



7) Você já tinha ouvido falar da Ketholyn de Minas gerais? Foi um belo duelo entre vocês duas!

R: Nunca tinha ouvido falar, mas ela é uma excelente jogadora. Não joguei a final contra Minas Gerais, por conta do campeonato paulista, mas sabia que a final seria bem disputada. Como ela é 98 não nos encontraremos no próximo ano na sub 15, pois subirei de categoria.



8) Sendo uma jovem atleta como você lida com as festas e com a alimentação?

R: Moro em uma república com outras jogadoras, abrimos mão de muitas coisas como festas por exemplo, não é proibido mas por conta de termos jogos nos finais de semana acaba-se diminuindo a possibilidade! Como desde Brasília já tinha o costume de me alimentar bem, comendo frutas e legumes, apenas procurei manter o que já vinha fazendo.



9) Você acompanha o brasileiro adulto feminino? É torcedora de alguma equipe?

R: Acompanho. Ano passado vi e torci muito pela minha prima que joga no Maranhão Basquete. Hoje no paulista torço pelo Divino COC Jundiaí que é formado por jogadoras sub 21 e que moram comigo.



10) O que você acredita que poderia ser melhorado no basquete de base feminino?

R: Muita coisa! Há pouco incentivo para o feminino, mesmo São Paulo precisa de mais verba! Em Brasília seria interessante que o governo apoiasse como as prefeituras de São Paulo fazem, fornecendo alimentação, bolsas escolares e ajuda de custo para as meninas que jogassem.



11) O que você pretende alcançar através do basquete?

R: Pretendo representar o Brasil, esse é meu maior sonho! Defender meu país é uma das motivações para me manter jogando, a outra é jogar na WNBA que é onde as melhores do mundo estão!



12) Como você tem conseguido conciliar o basquete e os estudos?

R: No começo é difícil, mas é possível! Algumas vezes tenho jogo em véspera de prova, ou perco prova por ter jogo, mas dá pra conciliar. Porém para ter sucesso tive que me esforçar ainda mais!





                                                                 

NÃO É PRECISO IR MUITO LONGE...

Não precisamos ir muito longe para ver jogadores de qualidade, pena que ainda hoje os mesmos precisem ir longe para continuar seu desenvolvimento. Minha esperança é que a nova gestão da Federação local, juntamente com o esforço de cada um possa mudar esse quadro. Já pensou Brasília como um grande centro de basquete? Com um centro de treinamento só para basquete em Brazlândia (por exemplo), com jogadores vindo de fora jogar aqui (em grande quantidade e qualidade), com campeonatos de base sendo disputados com cinco times com chance de ser campeão, com seleções brasilienses ganhando a primeira divisão no masculino e feminino? Parabéns Victor e sucesso, prossiga firme e forte na luta!



1) Victor no seu caso, você é filho de um dos responsáveis (Márcio Boamorte) pelo desenvolvimento do basquetebol em Brasília ao longo dos anos. Como foi poder acompanhar seu pai nesse processo?

Acho que esse foi o principal motivo por eu ter entrado no basquete. Desde pequeno acompanhei a dedicação do meu pai em fazer com que o basquete evoluísse em Brasília. Ele foi inúmeras vezes campeão e ajudou na formação de atletas como o Arthur e o Thiaguinho. 


2) Como e onde você começou?

Eu pedi para o meu pai para começar a treinar muito novo . A intenção dele era me colocar quando eu fosse mais velho, mas comecei no Clube Vizinhança aos 7 anos de idade, onde ele era treinador. Meu primeiros treinadores foram o Carlinhos e a Andreza, dois excelentes formadores de atletas. Devo muito à eles.



3) O que tem a dizer sobre a experiência de ter treinado na base do CEUB? Onde várias pessoas gostariam de estar?

Todo mundo quer treinar numa boa estrutura e com bons profissionais. O CEUB tem uma das melhores estruturas do país e isso é uma coisa que faz diferença. Tudo começou quando meu pai e o Zé Vidal tiveram a iniciativa de montar uma categoria de base forte e logo no primeiro ano conseguimos o título Sub15 e o Vice no Sub17. Logo depois veio o time Sub 22 e também tive a oportunidade de treinar na equipe adulta e aprender bastante com eles.


4) Porque sair de Brasília? Como tem sido essa experiência?

A decisão foi pela necessidade de jogar num campeonato mais forte, equilibrado e competitivo, o que infelizmente não ocorre em Brasília, já que quase todas as finais eram contra o nosso rival Lance Livre. Tudo tem sido ótimo. Jogar muitos jogos difíceis, com pressão, onde as vezes o ultimo colocado ganha do primeiro. Isso só faz o basquete crescer.



5) Como foi sua participação na seleção brasileira? Quais são suas perspectivas para próximas convocações?

Foi uma emoção única poder representar meu país, ouvir o hino nacional antes dos jogos. Tive uma boa participação, com bons números e pude ajudar a equipe no vice-campeonato Sul Americano. Infelizmente o grupo não conseguiu classificar para o Mundial. Continuo trabalhando muito, para quem sabe um dia, ter uma chance na seleção principal. É o sonho de qualquer jogador.


6) Ao longo dos anos você realizou um trabalho específico com o preparador físico do CEUB, Cris Sangeon? Quais são as lições e no que você melhorou, nesse período?

É verdade. Comecei com ele em 2009 até ir para o Paulistano ano passado, mas sempre que vou a Brasília procuro estar treinando com ele. Ele foi meu primeiro preparador físico e me deu uma base muito boa, sempre procurou adequar os treinos às minhas necessidades e ao meu estilo de jogo. O principal ensinamento é que tudo pode ser realizado com muito treino e esforço.


7) Como jogador o que você acredita que pode ser melhorado no basquete Brasiliense e Brasileiro?

Acho que uma coisa importante é a massificação do basquete. É preciso aumentar o numero de praticantes, equipes e treinadores capacitados. É necessário um investimento maior e melhor nas estruturas e capacitação de profissionais.. Em Brasília, por exemplo, o título era sempre disputado entre Vizinhança e Lance Livre até a criação da Base do CEUB, que passou a ser o adversário da Lance Livre nas finais. Já aqui em São Paulo, ninguém sabe quem vai pra final já que tem sempre umas 8 a mais equipes com chance de ganhar. 


8) O que você tem a dizer sobre suas viagens para Europa, a fim de participar de torneios pela Lance Livre?

Participei em Abril no Mundial Cholet na França, contra equipes de altíssimo nível técnico e tático. Foi uma oportunidade única e que poucos jogadores do país tiveram. Foi um grande aprendizado. Pude ver como eles jogam e entender o porquê de eles sempre estarem entre os primeiros lugares em campeonatos mundiais e olímpicos.


9) Quem sãos seus ídolos no basquete?

Cresci com meu pai falando muito do Michael Jordan, Magic Johnson e do armador John Stockton. Mas meu maior ídolo no esporte é o Kobe Bryant. Como armador eu me espelho em outros jogadores também, como o Steve Nash, Stephen Curry e o Nezinho.

10) Você participará da LDB? Quais são as competições para o segundo semestre?

Não participarei da LDB já que minha equipe não participa. No segundo semestre tem a continuação do Paulista, os Jogos Regionais e os Abertos.

Deixei o melhor para o final...sem comentários!!!








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